Home

Dezembro Vermelho e o cuidado com a saúde mental

Dezembro Vermelho e saúde mental: entenda a relação no Blog da Saúde Hapvida, seu portal de conteúdos sobre saúde, bem-estar, tratamentos de doenças e muito mais!

Saúde de AZ

12 de Dezembro de 2022

Duas pessoas de mãos dadas com uma fita vermelha entrelaçando elas, em alusão ao dezembro vermelho

 

Ministério da Saúde estima que exista cerca de 920 mil soropositivos no Brasil; campanha previne novas contaminações através de ações de conscientização

 

Receber o diagnóstico de infecção pelo HIV não é uma tarefa fácil e lidar com as emoções é parte fundamental do tratamento contra a doença, que é crônica e ainda não tem cura. A campanha Dezembro Vermelho, que inicia nesta quinta-feira (1º), tem como objetivo desenvolver ações educativas e de conscientização para prevenir novas contaminações pelo vírus. 

 

O psicólogo do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Carol Costa, afirma que pessoas que convivem com HIV correm um risco maior de desenvolver problemas de saúde mental e, por isso, reforça a importância de estar atento à qualidade do estado emocional desses pacientes. Dados do Ministério da Saúde estimam que existam cerca de 920 mil soropositivos no país. 

 

Mudança súbita de humor e receio de ser julgado

Sensação de culpa, revolta e insensatez, bem como mudanças bruscas de humor e receio de ser julgado. Esses são alguns dos sentimentos mais comuns que afligem pessoas que são diagnosticadas com HIV.

 

“A confirmação da infecção costuma ser um processo extremamente difícil e desgastante, mas cada pessoa vai lidar com a confirmação da doença à sua própria maneira”, diz o psicólogo. 

 

O profissional explica que muitas pessoas desenvolvem transtornos de depressão, bipolaridade, comportamentos autodestrutivos e ansiedade à medida que se ajustam ao diagnóstico e se adaptam a viver com uma doença infecciosa crônica. 

 

“Os prejuízos podem ser sentidos tanto no trabalho quanto em casa ou nos relacionamentos afetivos. Caso esses sintomas sejam predominantes, é fundamental procurar ajuda de um psicólogo, não somente para tratar os sintomas, mas para recuperar a alegria e a vontade de viver”. 

 

Entendendo a importância do autocuidado

 

Além do processo terapêutico, o especialista do Grupo Hapvida Notredame Intermédica também chama atenção para a importância da busca pelo autocuidado por parte do próprio paciente, o que inclui a participação em grupos de apoio, seja presencialmente ou virtualmente, através das redes sociais, e a manutenção de um estilo de vida saudável, que vai além da prática de exercícios físicos e dieta equilibrada. 

 

“Sonhos, projetos pessoais e hobbies, por exemplo, devem continuar sendo perseguidos normalmente. Também é importante administrar o estresse e entender que é totalmente possível ter qualidade de vida com HIV, afinal, há muitas pessoas soropositivas que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença”, finaliza.