Como se preparar para engravidar com saúde
Planejando engravidar? Veja os cuidados essenciais com a saúde, vitaminas recomendadas e dicas para aumentar suas chances com segurança e orientação médica.
Maternidade
18 de Julho de 2025

Preparação para a gravidez: cuidados essenciais com a saúde da mulher antes de engravidar
A decisão de ter um filho marca o início de uma nova fase e, para muitas mulheres, o momento vem acompanhado de dúvidas, expectativas e busca por informações seguras. Preparar o corpo e a mente antes da gestação é uma escolha consciente e um gesto de cuidado com o futuro bebê e com a própria saúde.
Neste guia, você vai descobrir o que é importante considerar antes de engravidar, hábitos que favorecem a fertilidade, quando é indicado o uso de medicamentos para auxiliar na concepção, as vitaminas adequadas para engravidar e sintomas que merecem atenção.
Por que se preparar para engravidar é tão importante?
Mesmo antes da concepção, o corpo da mulher já influencia na saúde do futuro bebê. A preparação é importante para garantir uma gestação tranquila e aumentar as chances de uma gravidez saudável.
• Prevenção de complicações
Antes de engravidar, é preciso identificar e tratar condições de saúde preexistentes, como diabetes, hipertensão, problemas na tireoide ou outros problemas hormonais. Esse controle evita complicações durante a gestação e o parto, diminuindo os riscos de, por exemplo, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e parto prematuro.
• Fortalecimento da saúde reprodutiva
Ajustes simples na rotina e no estilo de vida contribuem para aumentar a fertilidade, incluindo desde a alimentação até a gestão do estresse. Um corpo bem nutrido e equilibrado hormonalmente tem um funcionamento reprodutivo mais eficiente, aumentando as chances de uma concepção natural e saudável.
• Maior segurança para o bebê
A saúde da mãe antes da concepção influencia o desenvolvimento fetal. Deficiências nutricionais, exposição a toxinas ou condições médicas não controladas aumentam os riscos de anomalias congênitas e outros problemas de desenvolvimento para o bebê.
Como engravidar rápido: hábitos que ajudam
Muitas mulheres se perguntam como engravidar mais rápido, e a resposta envolve uma combinação de fatores físicos, emocionais e comportamentais. E lembre-se: adotar hábitos saudáveis e realizar exames preventivos aumenta as chances de uma gravidez segura e em menos tempo.
1. Faça um check-up ginecológico completo
Uma consulta com o ginecologista é o primeiro passo para se preparar para uma gestação. O médico avalia a saúde do útero, ovários e o equilíbrio hormonal, além de solicitar exames, como a ultrassonografia transvaginal e outros testes, para garantir que o ciclo ovulatório esteja ocorrendo de forma adequada.
2. Adote uma alimentação saudável
A alimentação influencia diretamente a ovulação e a qualidade dos óvulos. Uma dieta rica em frutas, verduras, proteínas magras, cereais integrais e gorduras saudáveis fornece os nutrientes essenciais para o bom funcionamento do sistema reprodutivo. Alimentos com vitaminas C, E, ferro, ácido fólico e antioxidantes ajudam a proteger os óvulos e equilibrar os hormônios.
3. Mantenha o peso adequado
O peso corporal tem impacto direto na ovulação e na fertilidade. Tanto o sobrepeso quanto o baixo peso podem desequilibrar os hormônios e comprometer a regularidade do ciclo ovulatório, dificultando a concepção. Alcançar e manter um peso saudável por meio de alimentação equilibrada e atividade física contribui para ciclos mais regulares e aumenta as chances de engravidar.
4. Pratique atividade física moderada
A prática de atividade física moderada melhora a circulação, favorece o equilíbrio hormonal e contribui para o controle do peso e do estresse, o que impacta diretamente a fertilidade. Caminhada, natação, pilates e yoga são boas opções, ajudando no alívio do estresse e preparando o corpo para as demandas da gestação.
É importante, no entanto, ficar atenta à intensidade dos treinos, já que o excesso pode ter efeito contrário e desregular o ciclo.
5. Evite álcool, cigarro e estresse
Antes mesmo da gestação, é necessário evitar álcool, cigarro e situações de estresse, pois esses fatores comprometem a fertilidade. O consumo de álcool e cigarro reduz as chances de engravidar, afeta a qualidade dos óvulos e eleva o risco de aborto e complicações na gravidez. Já o estresse crônico pode desregular os hormônios reprodutivos, dificultando a concepção.
Existe remédio para engravidar?
Existem medicamentos específicos para estimular a ovulação e ajudar mulheres com dificuldade para engravidar. No entanto, seu uso deve ser sempre prescrito e acompanhado por um médico especialista, pois a automedicação nessa área pode representar riscos sérios à saúde da mulher.
• Indicações comuns
Medicamentos para estimular a ovulação são, no geral, indicados em casos de síndrome dos ovários policísticos, anovulação (ausência de ovulação) ou infertilidade sem causa aparente, após a exclusão de outras condições. Eles atuam estimulando os hormônios que promovem o amadurecimento dos folículos e a liberação do óvulo.
A indicação deve ser feita por um médico, com base no histórico clínico da paciente e nos resultados de exames, para definir a abordagem mais adequada.
• Efeitos colaterais e riscos
Como qualquer medicamento, os indutores de ovulação podem causar efeitos colaterais, como alterações no ciclo menstrual, sensibilidade nas mamas, dores de cabeça, variações de humor e, em alguns casos, gestações múltiplas.
Também existe um risco, embora menor, de síndrome de hiperestimulação ovariana, uma condição que exige atenção médica imediata. Por isso, o acompanhamento profissional é indispensável.
• Acompanhamento profissional é essencial
O uso de remédios para engravidar nunca deve ser feito sem orientação médica. Apenas um profissional de saúde pode indicar o tratamento ideal, ajustar a dosagem correta e acompanhar a resposta do organismo, reduzindo riscos e aumentando as chances de uma gravidez segura e saudável.
Vitamina para engravidar: quais são recomendadas?
A suplementação de vitaminas e minerais específicos, quando indicados corretamente, contribui para o equilíbrio hormonal, protege os óvulos e prepara o organismo para uma gravidez saudável.
1. Ácido fólico
O ácido fólico, ou vitamina B9, é uma das vitaminas mais importantes no período pré-concepcional. A suplementação diária, iniciada três meses antes da concepção e mantida durante o primeiro trimestre da gestação, ajuda a prevenir malformações no tubo neural do bebê, como espinha bífida e anencefalia.
2. Vitamina D
A vitamina D contribui para a regulação hormonal, incluindo progesterona e estrogênio, e fortalece o sistema imunológico. Níveis adequados dessa vitamina estão ligados a maiores taxas de sucesso em tratamentos de fertilidade e a uma gestação mais saudável.
3. Ferro e zinco
O ferro ajuda a prevenir a anemia, que compromete a saúde da mãe e do bebê, além de preparar o corpo para o aumento da circulação sanguínea durante a gravidez. Já o zinco é essencial para a maturação e a qualidade dos óvulos. Juntos, esses nutrientes criam um ambiente mais favorável à concepção e ao início saudável da gestação.
4. Complexo B
As vitaminas do complexo B, especialmente B6 e B12, ajudam a equilibrar os hormônios, regulando o ciclo menstrual, contribuindo para a produção de neurotransmissores e o metabolismo dos hormônios sexuais. A vitamina B6 auxilia na implantação do embrião, enquanto a B12 melhora a fertilidade, reduz o risco de distúrbios ovulatórios e potencializa a absorção do ácido fólico.
5. Vitamina E e engravidar
A vitamina E atua como antioxidante, protegendo os óvulos contra os danos dos radicais livres e contribuindo para um ambiente uterino mais saudável. Além disso, melhora o fluxo sanguíneo no útero, favorecendo a implantação do embrião.
Sintomas de quem não pode engravidar: fique atenta
A dificuldade para engravidar nem sempre é perceptível de imediato. Alguns sinais e o histórico médico podem indicar alterações que merecem atenção e investigação. Esteja atenta a esses indícios para saber a hora de procurar orientação profissional:
• Ciclos menstruais muito irregulares ou ausentes
A irregularidade menstrual é um dos principais sinais de ovulação desregulada. Ciclos muito longos, muito curtos, com duração variável ou até a ausência de menstruação podem indicar dificuldade para ovular, o que afeta a fertilidade e exige avaliação médica para identificar as causas.
• Dor pélvica frequente
A dor pélvica recorrente deve ser investigada, especialmente quando acompanhada de cólicas intensas, dor durante as relações sexuais ou sangramentos irregulares, pois pode indicar endometriose ou outras condições inflamatórias.
• Fluxos menstruais muito intensos ou escassos
Menstruações com sangramento excessivo ou, ao contrário, fluxos muito leves podem ser sinais de desregulação hormonal, alterações uterinas ou problemas na ovulação, fatores que impactam a fertilidade.
Sangramentos intensos, com coágulos ou de longa duração, podem indicar miomas ou pólipos. Já os fluxos curtos ou discretos podem apontar baixa produção hormonal, dificultando a preparação do endométrio para a implantação do embrião.
• Histórico de doenças ginecológicas não tratadas
Condições como infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) prévias não tratadas, endometriose, SOP ou miomas que não foram devidamente acompanhados ou tratados podem deixar sequelas nos órgãos reprodutivos, dificultando ou impedindo a concepção.
• Tentativas sem sucesso por mais de um ano
A dificuldade para engravidar após um ano de tentativas regulares, sem uso de contraceptivos, é considerada um sinal de infertilidade. Nesse caso, o ideal é buscar orientação médica especializada para investigar a causa e definir o tratamento adequado.
O prazo de 12 meses vale para mulheres com menos de 35 anos. Já para as que têm mais de 35, o tempo reduz para seis meses, pois a fertilidade tende a diminuir com a idade.
Dúvidas comuns sobre como engravidar com saúde
Com tantas informações sobre preparação para a gravidez, é natural que surjam perguntas. Abaixo, reunimos as mais frequentes para ajudar quem está começando essa jornada com mais consciência e tranquilidade.
Vitaminas para engravidar: quais são e para que servem?
Sim! Algumas vitaminas e minerais, como ácido fólico, vitamina E e vitamina D, são fundamentais para a saúde reprodutiva e podem aumentar as chances de engravidar.
O ácido fólico, por exemplo, deve ser iniciado antes mesmo da concepção para prevenir malformações, e as vitaminas E e D também desempenham papéis importantes na fertilidade e no ambiente uterino.
Como engravidar mais rápido e com saúde?
Para engravidar de forma mais rápida e saudável, o ideal é consultar um ginecologista para um check-up completo, realizar os exames necessários, adotar hábitos de vida saudáveis e acompanhar o ciclo de ovulação para identificar o período fértil.
Quando é indicado o uso de remédios para engravidar?
O uso de medicamentos para engravidar deve ocorrer somente após uma avaliação médica detalhada e o diagnóstico de alguma dificuldade para ovular. A prescrição e o acompanhamento de um ginecologista são indispensáveis para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.
Sintomas de infertilidade: como identificar os sinais
Alguns sinais podem indicar possíveis problemas de fertilidade, como menstruações irregulares ou ausentes, dor pélvica frequente, fluxos menstruais muito intensos ou escassos, e um histórico de doenças ginecológicas não tratadas.
Caso note esses sintomas ou tenha tentativas de engravidar sem sucesso por mais de um ano (ou seis meses se tiver mais de 35 anos), é indicado procurar um especialista para investigação com exames.
O que evitar ao tentar engravidar?
Ao tentar engravidar, é importante evitar o fumo, o consumo de álcool e o excesso de cafeína, pois esses fatores prejudicam a fertilidade. Também é necessário controlar o estresse e evitar dietas restritivas, que afetam o equilíbrio hormonal e nutricional.
Comece sua preparação com informação e cuidado
Se preparar para engravidar é um gesto de cuidado e amor com seu corpo e com o futuro bebê. Cuidar da saúde antes da concepção garante bem-estar durante a gestação e oferece ao bebê o melhor início de vida possível.
Informar-se, adotar hábitos saudáveis, fazer exames e contar com o suporte de profissionais são atitudes que fazem toda a diferença nesse processo.
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