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Casos de alergia a insetos aumentam no inverno e imunologista explica comoevitar complicações à saúde

No inverno, a umidade e chuvas aumentam a proliferação de insetos, elevando o risco de alergias como coceiras e inchaços. Saiba mais no Blog da Saúde Hapvida.

Bem-Estar

6 de Setembro de 2021

Criança com reação alérgica no braço

Você já deve ter sofrido com coceiras, vermelhidões ou até inchaços na pele. Estas são apenas algumas das reações comuns da alergia a insetos que têm se tornado cada vez mais frequentes durante o inverno. Favorecida pela alta umidade do ar e chuvas que se estendem por períodos mais longos do dia, a estação mais fria do ano assiste ao aumento da proliferação de pernilongos, percevejos, muriçocas e borrachudos, por exemplo. A alergia pode ser caracterizada como uma resposta exagerada do sistema imunológico a um determinado antígeno. No caso de picadas de insetos, as reações costumam ser locais, com coceira e possível ocorrência de inchaço na região onde ocorreu a lesão, conforme explica a alergologista e imunologista do Sistema Hapvida, Dr. Gisele Casado.

“Em alguns casos as lesões podem se tornar crônicas e evoluírem para o quadro de estrófulo, que se caracteriza por lesões papulares avermelhadas e coceira. Elas geralmente persistem de 2 a 10 dias e podem levar, inclusive, a infecções bacterianas”, alerta a especialista. Qualquer pessoa pode desenvolver o quadro alérgico, mas as crianças são as que mais sofrem neste período.

EXAMES CUTÂNEOS E LABORATORIAIS PODEM CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO

A médica do Hapvida afirma que, se não tratada corretamente, a alergia a insetos pode provocar danos à saúde, especialmente em casos de reações mais graves, como a anafilaxia, que é potencialmente fatal e é geralmente provocada por abelhas, formigas e vespas.

“A anafilaxia pode provocar urticárias, que são lesões altas, elevadas, que coçam bastante, e podem ser acompanhadas de inchaços deformantes de pálpebras, lábios e orelhas. O paciente também pode sofrer com problemas respiratórios, como falta de ar, tosse e chiado no peito, sintomas gastrointestinais, como diarreia, náuseas, vômitos e cólicas, além dos sintomas cardiovasculares, como queda de pressão, tonturas e a parada cardiorrespiratória”.

Segundo a imunologista, o diagnóstico da alergia baseia-se no histórico clínico do paciente e na realização de exames cutâneos e laboratoriais que visam confirmar a hipersensibilidade.

POMADAS, REMÉDIOS ORAIS E IMUNOTERAPIA

Atualmente, existem diversas opções de tratamento para a alergia a insetos. O alívio dos sintomas pode incluir a utilização de pomadas, remédios orais e até imunoterapia. “A imunoterapia diminui a chance de uma reação sistêmica quando a pessoa é exposta novamente, ou seja, após outra picada ou ferroada”, destaca a especialista.

Questionada sobre como prevenir a alergia a insetos, Dra. Gisele Casado lista algumas medidas simples, por[em eficazes, que podem diminuir a proliferação de insetos e, consequentemente, a ocorrência das picadas. A primeira é fazer uso de repelente em todas as áreas expostas do corpo.

“Também é importante dar preferência a roupas mais compridas e, se possível, instalar telas nas janelas ou mosquiteiro próximo à cama”, complementa a profissional. Outra dica que pode ser útil é evitar transitar em locais excessivamente arborizados, como florestas e campos, já que esses ambientes são mais suscetíveis a picadas de insetos.

“Lembrando que o paciente nunca deve automedicar-se sob pena de agravar o seu estado de saúde. Procure sempre um médico”, conclui.